Fim de mês
Eu me atrapalhei (o que não é algo raro, admitamos) e não me dei conta que o prazo de validade do IPVA de 2019 era uma coisa e a data de vencimento para pagamento do IPVA de 2020 era outra. Meu IPVA venceu e, por conta disso, não pude pagá-lo na lotérica. Quem me salvou foi minha irmã. Ela tem conta em um dos bancos que aceita pagamento via Internet. Depositei o dinheiro para ela e ela pagou para mim. Ufa! Agora vem a próxima parte chata, que é conseguir receber a nova documentação. Desta vez é praticamente certo que estarei em casa, mas meu interfone continua sem funcionamento. Fora esses contratempos, eu diria que está bom assim. Um dia desses, dava pra ouvir alguém tentando ligar para os apartamentos tarde da noite. Escutava-se ao longe aquele ruído típico de "telefone ocupado".
Na penúltima sexta-feira, estive no Zaffari Menino Deus e, quando passei pela PanVel que tem lá dentro, chamou-me a atenção um cartaz: "Temos exame de Covid-19". Como sei que estava sendo muito procurado, resolvi me informar. É um convênio da farmácia como o laboratório Exame. Decidi fazer. Estive no laboratório na última sexta pela manhã e, à noite, o resultado já estava pronto para ser consultado on-line. Tudo OK, não estou infectado, nem nunca tive contato com o vírus. Claro que o exame rápido não detecta infecções muito recentes, mas já é bom saber que as precauções que venho tomando têm dado certo. Agora é continuar assim. Mais adiante, posso fazer novo teste.
No fim, o smart phone que eu comprei só para ter Whatsapp e manter contato com os entrevistados para o meu livro está tendo outra função muito útil: fazer ligações de vídeo para falar com meu filho. Converso com ele, às vezes até canto pra ele, e ele dá beijinhos na tela do celular! O Iuri é autista não-verbal, é difícil pra ele entender o que está acontecendo. Mas, aparentemente, ele está adorando passar os dias inteiros em casa com a mãe dele. De vez em quando eu os levo para fazer um lanche no drive thru do McDonald's.
Desde ontem, minha Internet está instável. Falha, volta, falha, volta. Com isso, fica praticamente impossível desfrutar dos serviços de streaming, como Netflix, Looke e Tidal. É mais um ponto a favor de minhas coleções: meus CDs, DVDs e Blu-rays não dependem de conexão para funcionar.
Faz tempo que não escrevo sobre política por aqui. Quem sabe de meu posicionamento já deve imaginar como me sinto com tudo o que está acontecendo. Mas é uma situação complicada. Se eu disser "fora Bolsonaro", estarei indo contra tudo o que argumentei quando tiraram a Dilma, que o mandato dela deveria ser respeitado porque ela foi eleita democraticamente. Então procuro limitar minhas críticas à atuação do Presidente, mas sem ultrapassar a linha que separa a legalidade do golpismo. Se ele cair, meu sentimento provavelmente será o mesmo de quando o Collor foi afastado: por ora, tudo deverá melhorar (e, de fato, foi o que aconteceu no governo Itamar Franco), mas é mais um abalo ao processo democrático. Mas não se enganem, eu jamais iria às ruas para defender o mandato dele! Nem pensar! Ainda não troquei de lado e nunca me misturaria com aquela gente! Apenas acho que estamos passando por um momento delicado. Se ele ficar, só Deus sabe o que pode acontecer, neste instante em que precisaríamos de um líder sério para conduzir da melhor maneira o combate ao coronavírus. Se ele sair, é mais um precedente que se abrirá para futuros golpes do outro lado.
Moral da história: cada um cuide de si e dos seus da melhor maneira possível. Fiquem em casa! E que Deus continue nos protegendo.
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