Ano Novo
Em 1996, passei o Ano Novo em Florianópolis com o Iuri (a 14 dias de completar dois anos) e a mãe dele. Um foguete estourou bem ao lado dele e ele começou a chorar. Mais um motivo para que a prática seja evitada: respeito às crianças. Mas não só isso. Com certeza já há jornalistas pautados para cobrir os hospitais, hoje à noite, à espera dos acidentes com fogos. Que podem ir desde queimaduras até mutilações.
Mas fico feliz de constatar que está havendo uma conscientização cada vez maior na campanha contra os rojões. Assim também, terminou a glamurização do cigarro. Ninguém é impedido de fumar, mas deve dirigir-se a uma área reservada ou sair à rua para satisfazer seu vício. Acabou o tabagismo ostentação, o tabagismo charme, o tabagismo sedução. Enquanto isso, todos os meus amigos de adolescência e familiares que um dia fumaram já largaram o cigarro. São essas pequenas evoluções que reanimam minha esperança no ser humano. Entre idas e vindas, avanços e recuos, consegue-se um deslocamento para a frente.
Pois esperemos que, em 2018, tenhamos um progresso significativo também na recuperação de nossa democracia. Que consigamos consertar pelo menos parte do estrago feito por quem foi às ruas em 2016 para afastar uma Presidente legitimamente eleita apenas para satisfazer a um capricho de mau perdedor. As consequências ruins estão aí, só não vê quem não quer. Estamos vivendo uma das páginas mais tristes de nossa história desde a abertura política nos anos 80.
Mas não percamos as esperanças. Feliz Ano Novo.
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