Eleições
Por que Manuela não foi para o segundo turno? – todos se perguntam. A teoria mais cotada é a do "pensando bem". Num primeiro momento, ela parecia uma opção interessante: uma candidata jovem, bonita, carismática, representando a bem-vinda nova geração no poder. E assim, nas pesquisas, ela começou despontando em segundo lugar. Mas, com o decorrer da campanha (a qual, confesso, não acompanhei em detalhes), todos reavaliaram e concluiram que, "pensando bem", ela era jovem demais e ainda não estava preparada. Sua eleição para Deputada Federal não chegou a ser surpresa, mas Prefeitura é assunto sério. A Zero Hora apontou ainda um aspecto curioso: boa parte do apoio recebido pela moça vinha de infantes e adolescentes sem idade para votar. Isso lembra a campanha para Governador do Rio Grande do Sul em 1986, em que as crianças sabiam de cor o jingle de Aldo Pinto, composto por Hermes Aquino ("eu vou de Aldo, eu vou de Aldo, eu vou de Aldo pra Governador"). Mas Aldo não se elegeu.
Eu sempre digo que candidato que fala muito em "segundo turno" não chega lá. Sem saber que as pesquisas haviam mostrado um avanço de Maria do Rosário, fiquei surpreso ao ouvir Manuela no horário político dizendo algo como "no segundo turno terei mais tempo para falar de minha plataforma". Pensei: será que minha tese vai ser desmentida? Não foi. Assim, futuros candidatos, ouçam este conselho de um leigo observador: durante a campanha, evitem pronunciar a expressão "segundo turno". Dá azar...
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