Definitivamente, a máquina fotográfica digital Sony DSC-W30 pode ser ótima para brincar, mas para fotografar shows é muito deficiente. Por isso, dêem um desconto - um BOM desconto - para as fotos que ilustram este texto.
Consegui fazer o roteiro que sugeri logo abaixo nas "Dicas", mas convenhamos que é coisa para eclético. Ou louco. Na sexta à noite, compareci ao Abstratus para conferir a banda Rock Fevers, onde canta Fernando Bassols, filho de meus colegas. Gostei. Eles fizeram covers dos anos 80 em estilos diversos. Fernando cantou bem e tem ótima presença de palco. Não anotei o nome de todos os integrantes, mas além dele havia uma moça - Clarissa? - com uma voz típica de cantora de rock alternativo. Só achei que ela não segurou bem o "Beat It", do Michael Jackson. Muito bom também o guitarrista, que inclusive foi o responsável por um arranjo hardcore para "Papa Don't Preach", da Madonna. Foi a única que teve uma roupagem diferente da original. Bacana, isso. Nunca esqueço quando ouvi uns fãs do Rush dizendo que, para tocar "Closer to The Heart", precisava de xilofone. Ah, é? E pra tocar "Pigs", do Pink Floyd, tem que ter um porco? Quanta bitolação. Se eu fosse músico, viveria brincando de mudar arranjos só pra ver como fica. E foi o que eles fizeram nessa música. A tecladista foi chamada de última hora para substituir um desertor e não decepcionou. O baterista e o baixista completaram a formação. Está lançada mais uma banda de cover que promete.
No sábado, revi o filme "Teixeirinha a Sete Provas" (filmado em 1972, lançado em 1973), na Sala Eduardo Hirtz. Pelo visto, não procedia a informação de que não existiam mais cópias ou matrizes do longa metragem. A cópia exibida era nova e muito bem restaurada. Inclusive, para um filme brasileiro, a fotografia até que estava boa, com um colorido bem vivo. Não tenho certeza, mas acho que o Lorde falecido cuja foto aparecia na sala era o meu ex-professor Aníbal Damasceno Ferreira, que foi também assistente de direção. Na cena do desafio, o terceiro jurado da esquerda para a direita era o cronista Paulo Sant'ana, ainda bem jovem, no tempo em que achava que o Internacional nunca superaria o hepta do Grêmio. Dentro de sua proposta, "Teixeirinha a Sete Provas" é um filme muito bem feito, com tiradas de humor bem colocadas. Não admira que tenha sido sucesso não apenas entre os fãs do cantor, mas também com as crianças.
Meia-hora depois de ter ouvido Teixeirinha cantar "Não e Não", lá estava eu, no auditório da Livraria Cultura, escutando MPB de qualidade na voz de Denise Tonon. Alguns intérpretes começam de forma insegura, depois amadurecem com a prática. Nada contra. Mas Denise já nasceu cantora. Eu a conheci com 15 anos e ela já tinha essa voz límpida, afinada e perfeita que mostrou em sua volta, depois de morar sete anos em Portugal. Talvez tenha acrescentado um vibrato à sua forma de cantar, mas de resto continua a mesma. Além de interpretar João Bosco, Nei Lisboa, Ivan Lins e até fazer um número humorístico satirizando Maria Bethânia, Denise mostrou três composições próprias. Confiram o trecho de uma delas, "Beatriz", no vídeo abaixo.
No final, fui abraçar minha grande amiga Elayne, mãe de Denise, inclusive homenageada em uma das músicas. Elayne de vez em quando me telefona para colocar as fofocas em dia, mas pessoalmente custou a me reconhecer. Será que ela imaginava me ver bem jovem, magrinho e com cabelo escuro? Ora, não faz tanto tempo assim desde a última vez que nos vimos! Só tenho uma reclamação. Denise jamais poderia ter feito sua apresentação na Livraria Cultura. Aquilo é uma perdição! Saí de lá com duas sacolas cheias de livros. Fazer o quê? Como diz o outro, "pelo menos não está gastando em drogas".
Bom domingo a todos.
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