O muro da galeria
Visitei os dois lados da divisão. Na Galeria do Rosário, nem se diz que ali existia uma passagem. A parede está rebocada e pintada, com dois grandes vasos à frente. Já no lado da XV de Novembro, há tijolos à vista e vários cartazes de protesto dos comerciantes que ficaram isolados. A Galeria do Rosário serve de passagem e tinha a XV como entrada ou saída opcional. Agora acabou. A XV virou um beco e ninguém mais vai "passar" por ela, o que prejudica a visibilidade do comércio ali instalado.
A Galeria do Rosário mudou muito desde a minha infância, quando eu a atravessava com minha mãe ou minha irmã para ir ao Jardim de Infância. Ela tinha diversas lojas de brinquedos onde eu ganhava carrinhos "matchbox", fantoches e jogos diversos. Tinha também três lojas de discos onde dei início a minha "carreira" de colecionador e apreciador de música. Lembro da Chá Flora, sofisticada loja de artigos e presentes japoneses. A Casa dos Gravadores até que durou bastante, só acabou nos anos 90. Ontem constatei que a tradicional confeitaria também não existe mais. Predominam as "lojinhas de muamba" e algumas lancherias, entre elas o popular "Cachorro do Bigode" e o concorrente "Cachorro do Tomate", inaugurado há pouco tempo.
O fechamento do acesso à galeria XV de Novembro escureceu um pouco a Galeria do Rosário. Uma pena. De qualquer forma, já apus meu nome no abaixo-assinado que foi colocado do lado feio da parede. Mas, a julgar pela adaptação rápida do outro lado, vai ser difícil derrubá-la.
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