segunda-feira, abril 24, 2006

Tróia virtual

No feriado do dia 21, o jornal Hoje, da Globo, apresentou uma matéria sobre vírus de computador. Chamou-me a atenção que a reportagem abordou na verdade os Cavalos de Tróia e não os vírus propriamente ditos. Eu ainda não tinha pensado nisso, mas com o uso cada vez mais reduzido de disquetes e a ingenuidade cada vez maior dos usuários em acreditar em tudo que recebem por e-mail, os hackers devem estar achando mais fácil criar Cavalos de Tróia. A diferença básica é a de que o vírus se instala sorrateiramente enquanto o Cavalo de Tróia é um programa que você é induzido a executar. Se é essa mesmo a tendência, tão ou mais importante do que a instalação de programas de proteção seria a conscientização de quem usa e-mail. Não é só nos textos com assinatura de Luis Fernando Verissimo ou nas falsas notícias de seqüestros e refrigerantes envenenados que não se deve acreditar. Também os links, programas anexos e cartões virtuais suspeitos devem ser desprezados.

No ano passado, postei aqui no blog um texto intitulado Cavalos de Tróia. Como naquele tempo eu ainda recebia toneladas de e-mails indesejáveis, resolvi dividir com os visitantes um pouco do que aprendi com aquelas mensagens de procedência duvidosa. Tempos depois, fui contactado pelo webmaster de um site de informática pedindo para reproduzir o texto em sua página. Autorizei na hora e ainda fiquei orgulhoso que minha experiência de internauta pudesse ser útil para outros. Pedi a ele que me avisasse quando fosse feita a publicação. Como nunca mais tive retorno nem encontrei meu texto em outro endereço, presumo que houve desistência. De qualquer forma, modéstia à parte, acho que consegui compilar os principais tipos de Cavalos de Tróia e as dicas mais certeiras para tentar evitá-los. Sempre que vejo a imprensa abordar essa questão, percebo o quanto ela ainda é atual. As pessoas terão que aprender na marra a não confiar em e-mails.