domingo, março 19, 2006
Nesta casa eu passei talvez os melhores momentos da minha infância. Ficava na rua 9, em Atlântida. Não tenho certeza, mas acho que nosso primeiro veraneio lá foi em 1967. Ainda lembro nós todos na sala em Porto Alegre, só com as luzes menores acesas, quando ouvi meu pai falar nessa casa pela primeira vez. Eu a imaginei bem diferente, pois nunca tinha estado lá, então a visualizei numa praia parecida com Arroio do Sal. Não lembro qual era a pendência, mas no primeiro dia em que ficamos em Atlântida, dormimos na casa do "Tio Oscar", como eu chamava. Era um amigo do pai que já veraneava lá. A casa dele aparece à direita, na foto (cortada). Naquele galpão ao fundo eu brincava criando meus próprios personagens, o que confundia os adultos que ficavam me escutando. Pensavam que fosse um amigo imaginário. Eu tinha meu próprio escorregador e minha própria barraca (tipo de índio) para onde eu entrava e ia ler meus gibis no "meu" cantinho. Ah, sim, muitas caminhadas até o centro de Atlântida ou de Capão da Canoa para comprar pilhas e mais pilhas de revistas. Na época em que essa casa foi construída, havia várias outras iguais, de cores diversas. Depois foram todas ampliadas. A nossa até que resistiu, mas também foi transformada num sobradinho. Hoje tem outro dono. Mas essa casinha azul aí sempre vai ser minha. Essa ninguém me tira.
1 Comments:
Chegar na casa da praia dos meus pais sentir aquele cheiro de tintas anticorrosivas que meu pai seu Antonio sempre muito cuidadoso passava no portão de ferro é sem duvida uma das melhor sensações que sinto na minha vida... imagino o quanto um lugar marca vida de uma pessoa...
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