Eleição em reta final
Há algum tempo eu estava atravessando a Praia de Belas quando passou um carro agitando uma bandeira vermelha. Uma senhora que estava parada na esquina resmungou em voz alta: "Esse PT não é partido, é uma seita!" Detalhe: se a cidadã tivesse prestado atenção em vez de se deixar predispor pela antipatia, teria visto que a bandeira que tinha passado era do Internacional! Este é justamente o grande aliado de Fogaça: o antipetismo gratuito. Porque, se observarmos bem, sua plataforma de campanha não é muito diferente da do adversário. "Manter o que está bom e mudar o que está ruim." Ora, se é isso que o povo quer, Raul é quem está mais bem preparado para realizar. Mas Fogaça vende a idéia de que fará a mesma coisa, apenas sem a égide da bandeira vermelha com a estrela. Para alguns votantes, isso faz uma enorme diferença.
Mas, se nos debates os dois empatam, na propaganda eleitoral gratuita, Raul dá um baile. O candidato do PT tem o que mostrar em termos de realizações concretas. Fogaça, por razões óbvias, só pode se calcar em promessas. E nisso seu discurso ainda é muito vago. Devo admitir que gostei de ver o número musical recentemente apresentado, em que Kleiton & Kledir apareceram cantando "Deu Pra Ti" em um showmício. Se a eleição fosse para um show, daria meu voto a Kleiton & Kledir.
Não tenho nada contra a pessoa de José Fogaça. Fui aluno dele no IPV em 1978, bem na época em que ele se lançou na política, e votei nele quando se candidatou a Deputado Federal e Senador. Admiro seus poemas e composições. Mas, quando o assunto é Prefeitura de Porto Alegre, sou mais Raul Pont.
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