11 de setembro
Olha eu aí em 1990, com 29 aninhos, visitando Nova York. Na foto de cima eu tentei captar a imensidão de uma das torres gêmeas do World Trade Center. Elas me fascinavam desde que assisti ao "King Kong" de 1976 (que foi exibido no Brasil em 1977).
Eu lembro bem do dia 11 de setembro de 2001. Foi uma data triste para o mundo, mas eu estava vivendo um momento feliz da minha vida. O que me assusta, na verdade, é saber que já se passaram dez anos. Não cai a ficha que já estou há 13 anos morando neste apartamento. Na minha lembrança, tudo o que aconteceu desde que eu troquei de setor no meu trabalho em dezembro de 1998 foi "anteontem". E olha que eu já mudei de unidade mais vezes depois disso. Até uma certa idade, a vida da gente se divide entre "antes e depois" de alguma coisa. Já hoje eu olho para trás e enxergo vários capítulos. Ainda quero viver mais alguns.
No fim, acabei desviando o assunto. Na época do atentado, o que me chamou a atenção foi a gana de vingança dos americanos. Vingar-se de quem? Os verdadeiros criminosos morreram com as vítimas. Então o foco foi sobre um inimigo simbólico. Alguém. "Alguém nos atacou! Alguém nos humihou! Alguém veio aqui e destruiu símbolos da América! Isso não vai ficar assim! Alguém vai ter que pagar por isso! Vamos atacar Alguém!" E assim o inimigo Alguém virou o bode expiatório. Alguém pagou pelo crime de outro.
Mas, para que não reste dúvidas, eu me solidarizo totalmente com as vítimas dos atentados e suas famílias. Foi um ato covarde e desumano. Nada justifica o que aconteceu. É uma pena que o mundo não consiga viver em paz.
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