segunda-feira, novembro 08, 2010

A grande noite de Paul McCartney

Ontem foi o dia do histórico concerto de Paul McCartney em Porto Alegre. A produção havia anunciado que não haveria show de abertura, usando o pretexto de que, "por motivos técnicos", a apresentação de Kleiton e Kledir teve que ser cancelada. Pois qual não foi nossa surpresa quando, às 15 para as 8, ainda à luz do dia (horário de verão), entraram no palco o DJ Pic Schmitz, o guitarrista Fred Mentz e o saxofonista Vinicius Neto, da banda Dublê. Naquele momento, esfarrapou-se por completo a desculpa para o cancelamento do show da dupla gaúcha, que foi realmente uma atitude desleal e irresponsável. Ouviram-se algumas vaias ao final da apresentação dos três jovens e quem estava mais à frente escutou fãs chamando por Kleiton e Kledir. Isso foi confirmado em uma matéria do Estadão on-line.
Cansei, ué! Ainda na fila, do lado de fora, eu comprei uma almofadinha do Inter que caiu do céu! Sentei ali mesmo, em cima dos pedregulhos. Dentro do estádio, o gramado tinha uma cobertura relativamente confortável. Mas, com a minha idade e o meu peso, não é fácil ficar várias horas de pé. Na metade do show eu tirei meus tênis.
Antes do começo propriamente dito, os telões mostravam uma bela colagem de imagens alusivas à Liverpool dos anos 60, com muito Beatles, é claro (inclusive Pete Best), mas também citações a Searchers e Gerry and The Pacemakers. O vídeo corria de baixo para cima.

E chegou o grande momento! A parte musical não teve grandes surpresas para mim, pois tenho todos os DVDs oficiais de Paul McCartney. Mas claro que "estar lá" é muito melhor! Em alguns instantes, tive a impressão de que o ex-Beatle estava sendo orientado via ponto eletrônico. Por exemplo, ele falou a palavra "português" com forte sotaque, depois a repetiu com calma, corrigindo e enfatizando os fonemas que havia errado da primeira vez (mal sabe ele que em São Paulo e Rio a pronúncia é diferente do "porrrrrrtuguês" que ele fez questão de falar em gauchês perfeito).
O telão é uma bênção para quem fica longe do palco. Paul chega perto de todos.

Belas imagens eram mostradas também ao fundo do palco.
As velas durante a execução de "Let it Be".

O clímax do show: "Live and Let Die"...

...e as explosões e efeitos pirotécnicos.

Paul usou muito de gestos para superar a barreira do idioma. Como ele mesmo disse: "Vou tentar falar português, mas vou falar mais inglês."

Esta era a minha visão do palco.