quinta-feira, abril 26, 2007

Pelo telefone

Hoje, pouco antes do meio-dia, meu celular tocou. A pessoa nem perguntou quem era. Já saiu falando:

- Aqui é a Fulana, da Prefeitura. Estou ligando porque me disseram que o senhor pode informar quem é o proprietário do apartamento da rua tal que está causando vazamento...

- Um momento, com quem a senhora quer falar?

E ela, num tom de voz indignado, como se eu tivesse feito uma pergunta boba:

- Fulano de Tal!

- Meu nome é Emílio!

- O senhor não conhece Fulano de Tal?

- Não sei quem é. Ou a senhora ligou errado, ou lhe deram o número errado.

- O numero é...

- Sim, é meu número. Mas lhe deram errado.

Aqui imaginei que a conversa iria se encerrar. Num último apelo ela ainda quis saber:

- Mas o senhor não conhece o apartamento da rua tal?

Acho engraçadíssimo quando as pessoas ligam errado e parecem querer nos convencer que nós é que não estamos no lugar certo ou não somos quem pensamos ser. Ou então, como no caso aqui, mesmo cientes de que não estão falando com quem procuravam, ainda fazem uma tentativa para ver se quem sabe a gente não pode resolver o problema.