A volta do Super-Homem
Super-Homem é o mais famoso super-herói da ficção, mas é também o que menos resistiu ao tempo. Batman, por exemplo, se adapta com facilidade a qualquer época ou tendência. Ele começou como uma sinistra figura das trevas, depois tornou-se um simpático e acessível herói das crianças, até virar um defensor hi-tech nos filmes da Warner. Mas o pobre Super-Homem, a despeito de sua invulnerabilidade, não é imune ao anacronismo. Pode haver algo mais ridiculamente ultrapassado que um super-herói chamado Super-Homem, com superpoderes, superforça, supervisão e uma roupa com as cores da bandeira americana? O resultado é que a DC Comics já recorreu aos mais diversos subterfúgios para manter o interesse no personagem. Reescreveu a saga de seus heróis em 1985 com a "Crise nas Infinitas Terras", matou e ressuscitou Super-Homem nos anos 90 e assim vem tentando modernizá-lo.
Muitos pensam que Super-Homem se torna irreconhecível como Clark Kent só por causa dos óculos. Ora, claro que não! Desde quando alguém se disfarça apenas usando óculos? A grande diferença entre os dois é que o Super-Homem usa pega-rapaz no cabelo! Ainda que nunca apareça o momento em que ele muda o penteado na hora de trocar de roupa. Ele deve usar algum gel especial de Krypton que mantém o cabelo firme mesmo em meio a explosões ou vôos a supervelocidade. Podem observar no filme: haja o que houver, o pega-rapaz do Super-Homem está sempre ali, redondinho e incólume.
Estou curioso para ver o documentário "Look Up in The Sky: The Amazing Story of Superman". Acho que não será lançado no Brasil, mas de qualquer forma o DVD importado até que não está tão caro. O "Super-Homem" de Christopher Reeve continua sendo a melhor adaptação de quadrinhos para o cinema, mas no Século XXI meu voto vai para o Homem-Aranha. Por sinal, vem aí o III.
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