terça-feira, outubro 04, 2005

Guarda-chuva

É incrível a diferença que faz o tal "guarda-chuva gigante". Ele não é apenas maior (em largura e comprimento), mas mais firme, também. Não vira nem fica sacudindo de um lado para o outro com o vento. Pena que o cabo não é curvo, como os outros. Eu ainda me pego querendo pendurá-lo em meu pulso, de vez em quando. Impossível. Outro inconveniente é que ele não é automático. Não poderei estendê-lo para fora do carro e acioná-lo com um toque antes de sair, por exemplo. E sempre que vou abri-lo, uma haste se prende na manga do meu blusão.

Na minha infância, que eu lembre, guarda-chuva não era, como hoje, um produto descartável vendido por camelô. Ia-se a uma loja e comprava-se um guarda-chuva. Até para dar de presente. Hoje, o guarda-chuva de boa qualidade vendido em loja é um produto em extinção. É até mais prático comprar guarda-chuva barato, pois já se sabe que vai ser perdido, mesmo. E com isso acabou também a profissão do consertador de guarda-chuvas. Outra lembrança que eu tenho de infância e adolescência é que meus guarda-chuvas eram todos compridos, tipo bengala, e não retráteis como a maioria que se vê hoje. Eu costumava brincar de equilibrá-los na ponta do dedo. Com o guarda-chuva gigante eu posso tentar fazer isso de novo, mas não sei se ainda tenho prática.