Noite em claro
Lembrei disso porque, com as férias, quem desregulou completamente o ciclo do sono fui eu. Bom, já fiz isso uma vez quando ainda era casado e meu filho era recém-nascido. Nas férias eu dormia de dia, geralmente das nove da manhã às cinco ou seis da tarde, e à noite ficava tentando "enrolar" o Iuri para que a mãe dele pudesse dormir o máximo possível entre uma amamentada e outra. Mas nesta madrugada fiquei acordado por desleixo, mesmo. Dormi de dia, perdi o sono à noite. Aproveitei para acessar bastante a Internet, já que tenho linha discada e a ligação de dia é muito cara, e fiz algumas traduções. E agora? Vou ter sono na hora errada, provavelmente.
Eu queria poder caminhar à noite. Nada me impede e eu até faço isso, mas gostaria de poder dar longas caminhadas em plena madrugada, sem qualquer risco de segurança, simplesmente curtir o silêncio da noite, pela Avenida Beira-Rio, pela Praia de Belas, ir avançando sem rumo na semi-escuridão. Lembro de como eu gostava de caminhar à noite na praia, em Atlântida e Capão da Canoa. Nas ruas, não na beira-mar. Não sei se ainda é seguro. É uma pena que a noite, que foi feita para nos trazer paz e repouso, acolha também a delinqüência. Do contrário, cada momento de insônia poderia ser aproveitado por uma caminhada. É claro que, se existisse a cidade 24 horas que imaginei no meu sonho, eu poderia fazer isso. Mas aí não teria graça. A cidade também precisa dormir.
Preciso reorganizar minha rotina com urgência. Não posso ter sono nas horas erradas.
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