Meio ano
E a primeira metade do ano está terminando. O Rio Grande do Sul tenta aos poucos retomar a normalidade, embora isso ainda vá levar um tempo para ocorrer plenamente. A agência onde tenho conta foi atingida diretamente pela enchente e não tem data prevista para reabrir. Mas consegui atendimento na unidade mais próxima de minha casa. O Rua da Praia Shopping, destino de minhas caminhadas de fim de semana com meu filho, ainda está se preparando para, em algum momento, voltar a funcionar. E hoje está muito frio.
É curioso que, no auge da crise, a expressão "não tem água" ganhou três significados diferentes. Não tem água em frente ao meu prédio: ótimo, escapamos ilesos. Não tem água nas torneiras: que pena, o banho fica prejudicado. Não tem água para vender nos supermercados: isso é mau, vamos procurar algum fornecedor alternativo. Por sorte o abastecimento logo começou a normalizar.
Eu moro no térreo, mas não pretendo sair daqui. Acredito, pelo que aconteceu agora, que estou a uma distância segura de novas enchentes. Até porque quero crer que as autoridades vão tomar providências e, ao menos em Porto Alegre, o sistema de contenção irá se tornar mais eficaz. Eu confesso que sempre tive medo de chuvas fortes, de dirigir em temporal e correr o risco de ficar ilhado, principalmente quando estou com meu filho. Aconteceu uma vez. Mas alagamento de chuva é diferente de alagamento de enchente, embora precipitações torrenciais possam contribuir para cheias.
Como curiosidade, sugiro a leitura do que escrevi na enchente de setembro do ano passado, que não chegou a ter consequências tão desastrosas. A não ser, talvez, a de criar a falsa ideia de que a cidade estava protegida. Cliquem aqui para ler.
Como dizia minha mãe: Feliz Meio do Ano! Começa na segunda-feira.
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