domingo, fevereiro 03, 2013
É hora de voltar a escrever aqui no Blog. O clima no Rio Grande do Sul é de pesar, mas a vida continua.
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Se o desenhista Marco Aurélio, da Zero Hora, foi mesmo afastado em definitivo pela charge que publicou, acho uma medida exagerada. Não era para tanto. Ele não teve a intenção de ofender ninguém. É normal, diante de situações como a que aconteceu em Santa Maria, tentar encarar a morte como uma passagem para outra dimensão. Talvez tenha faltado a ele tato para perceber que a magnitude e a proximidade (em tempo e espaço) da tragédia ainda não permitiam uma abordagem como a dele. Mas ele sempre procurou dar um toque de abrandamento a casos assim. Quando Everaldo morreu num acidente de carro em 1974, Marco Aurélio desenhou a estrela dourada da bandeira do Grêmio (que simbolizava o jogador por ter atuado na Seleção campeã do mundo de 1970) saindo direto para o céu. Já no óbito de John Lennon, o chargista mostrou Jesus Cristo abraçado ao ex-Beatle dizendo que, se Ele tivesse descido à Terra com uma guitarra, talvez seu trabalho tivesse sido mais fácil. No falecimento do colega Sampaulo, Marco o homenageou colocando o Sofrenildo para carregar nas costas o caixão do seu criador. Enfim, Marco Aurélio é um dos mais antigos empregados de Zero Hora. Gostem ou não dele ou do trabalho dele, não acho justo demiti-lo agora, dessa forma. Espero que tudo não tenha passado de um mal-entendido.
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Eu nunca falei nada sobre a avalanche da torcida do Grêmio, entre outras coisas, por ser colorado. Minha opinião seria vista como suspeita. Além disso, eu já tenho fama de ser excessivamente cauteloso e preocupado com riscos. Mas o fato é que sempre achei uma brincadeira irresponsável e perigosa, mesmo com a amurada do antigo estádio resistindo à pressão da torcida. Com ou sem desabamento, eu pergunto: nunca ninguém se machucou? Nunca ninguém tropeçou, caiu, foi espremido ou pisoteado em meio à massa de torcedores? Aquilo é uma selvageria desmedida. Estádio nenhum do mundo é projetado para suportar aquele tipo de manifestação. Espero que o infeliz acidente ocorrido na Arena sirva para colocar um fim a essa comemoração estúpida e desnecessária. Façam festa à vontade, futebol é pra isso mesmo. Mas sem exageros.
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O apartamento novo vai evoluindo devagar e sempre. Uma de minhas primeiras preocupações logo se resolveu, que era como sincronizar a mudança propriamente dita com a realocação dos aparelhos de ar condicionado. Mas deu tudo certo e os pouquíssimos dias em que fiquei sem refrigeração tiveram temperaturas amenas. Aliás, nunca monitorei com rigor, mas minha lembrança é de que os piores dias de calor são entre o final de dezembro e começo de janeiro. Neste fim-de-semana o Iuri esteve comigo de novo. Já está plenamente ambientado. Acho que percebeu as vantagens gritantes da nova morada do pai.
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Tenhamos todos uma ótima semana e um excelente mês de fevereiro!
1 Comments:
É sempre bom ler teu blog, tuas considerações gerais, fico feliz que a mudança esteja tranquila e que o Yuri esteja se adaptando, concordo com o absurdo da avalanche, espero que não esperem por alguma tragédia para proibirem tal comemoração, como é de praxe. Um abraço!!!
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