Educação
Mas aquela frase ficou gravada em minha memória. E inevitavelmente me lembrei dela quando vi outra similar, dizendo que devemos tratar as pessoas como nos tratam. É a mesma linha de raciocínio expressa sob outro ângulo. Será mesmo?
É verdade que ninguém é de ferro. Muitas vezes nos descontrolamos e dizemos coisas que depois nem acreditamos ter sido capazes de pronunciar. Mas aí estamos falando de exceção e não da regra. Acho, sinceramente, que nem sempre precisamos devolver na mesma moeda algo que possa não nos ter agradado. Cada caso é um caso. Minha mãe certa vez me contou a história de um padre que levou um tapa no rosto. Ofereceu a outra face e, mais uma vez, foi agredido. Então respondeu: "Até aí mandava o Evangelho" – e desferiu um soco bem dado em seu agressor!
Não sou perfeito. Posso me descontrolar, como muitas vezes já aconteceu. Mas dizer que a minha educação depende da de outra pessoa? Não posso concordar. A educação que recebi é minha, exclusiva, transmitida por meus pais e, de forma complementar, por meus irmãos e professores. Não será a eventual grosseria de gente de baixo nível que irá mudar isso. Não, minha educação não depende "da sua". Recorrer a essa frase é eximir-se da obrigação de tratar o semelhante com dignidade. Se eu me rebaixar ao nível do interlocutor, será uma atitude de fraqueza. Mas não necessariamente justificável.
Minha educação não depende de ninguém. Ela é minha. Ela pode fraquejar em alguns momentos, mas a sua essência não se deixará abalar.
3 Comments:
Emílio,
Excelente texto, mais uma vez. Veio bem a calhar para me fazer rever alguns conceitos. Obrigado!
Abraço
Eu é que agradeço o elogio e a visita, Ulisses.
Abraços.
Emilio,
Participei de uma campanha de indicação de blogs e incluí o seu. Veja se te interessa participar. O endereço é http://www.teclasap.com.br/blog/2011/11/02/the-versatile-blogger-award/.
Abraços
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