Velhos jornais

Estou aproveitando meu horário de almoço para ir ao Museu de Comunicação aqui de Porto Alegre e fazer algumas pesquisas para o livro do Lucio Haeser sobre a Rádio Continental dos anos 70. Lucio neste momento está em Brasília, dando os retoques finais em sua obra que deve (e merece) ser um sucesso. Infelizmente o Museu não dispõe de xerox ou scanner, mas permite o uso de máquina fotográfica digital. E como eu sou um verdadeiro "ratão de arquivo", acabo achando outras coisas interessantes para fotografar. Se tivesse mais tempo, passaria um dia inteiro só lendo jornais antigos. Vejam por exemplo este anúncio da Zero Hora de 14 de agosto de 1973: Pior é que eu lembro bem dessa estréia. Tinha na época 12 anos. O mesmo jornal traz um artigo não assinado de página inteira sobre o novo programa. Começa assim: "Apesar das propagandas, parece que nem sempre o amor resolve tudo. Não só em termos pessoais, mas em termos objetivos, de trabalho. E justamente por isso, a TV Globo, que produziu durante algum tempo o programa Só o Amor Constrói, acabou substituindo-o por outro programa, que parece fadado a ter um sucesso bem maior". Bota maior nisso: o Fantástico vai completar 34 anos no dia 19, como se confere no anúncio, enquanto o Só o Amor Constrói (que focalizava a vida de um artista famoso - lembro de Nélson Gonçalves e Francisco Cuoco) teve curta duração. Mais adiante o texto diz que um dos objetivos do novo programa é "abalar a liderança da Tupi aos domingos com o Programa Flávio Cavalcanti". E deu certo, pois o Fantástico veio a ocupar o lugar do programa de Flávio como o "encerramento oficial" do fim-de-semana brasileiro em frente à TV.
Já esta chamada de capa da Folha da Manhã de 20 de março do mesmo ano eu achei curiosa:
Grande Escurinho, que tantas alegrias deu a nós, colorados, com seus gols de cabeça!