Reencontro
Mesmo que ele não se lembrasse de mim, resolvi ir falar com ele. Até hoje não sei qual é o sobrenome dele, mas lembrava do nome: Arnoldo. Disse que tinha sido aluno dele na Famecos e contei que ele havia me ensinado a gostar de História. E comentei uma característica dele que nunca esqueci: escrevia bastante nas provas, quando as corrigia. Depois de ter tido professores que colocavam um enorme ponto de interrogação sobre o que eu havia escrito, era gratificante ver um mestre que demonstrava respeito pelo aluno, comentando detalhadamente cada resposta, o que faltou, o que foi bem colocado, enfim, alguém que demonstrava prazer até na hora de corrigir uma avaliação. Ele me falou que não se ensina mais História do Brasil no curso de Jornalismo. Lamentável.
Espero ter atingido o meu objetivo de fazer com que ele se sentisse gratificado. Acho que consegui. E não foi de graça. Eu tenho uma imensa admiração e gratidão por vários de meus ex-professores. Às vezes a gente se não se dá conta de como é importante transmitir esses sentimentos. Que bom que eu tive essa oportunidade, 20 anos depois.
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