segunda-feira, outubro 21, 2024

Documentário sobre Christopher Reeve

 
Em minha infância, num desses exercícios de imaginação que as crianças fazem às vezes, perguntei a meu irmão João Carlos, 14 anos mais velho do que eu, o que aconteceria se apenas uma pessoa comparecesse para ver um filme no cinema. Ele respondeu que com certeza a sessão seria cancelada, que a direção se desculparia com o cliente e lhe devolveria o dinheiro. Pois hoje, minha fantasia de menininho se realizou: só estava eu assistindo ao documentário sobre a vida de Christopher Reeve no Shopping Praia de Belas. E não, a exibição não foi cancelada. O mais irônico é que eu fui no horário das 21 e 35, mas fiz questão de comprar ingresso à tarde, para poder escolher bem onde sentar. Quando a moça me mostrou que todos os assentos estavam disponíveis, eu ainda brinquei: "Oba, a sessão é só pra mim?" E foi mesmo. Quando vi que não ia entrar mais ninguém, me posicionei no melhor lugar da sala, bem no centro, para desfrutar melhor do meu cinema particular.

Sou suspeito para opinar sobre o filme, porque adoro documentários sobre temas do meu interesse. Mas é muito bem feito. Tem depoimentos de todos os filhos, da primeira esposa de Reeve, de atores amigos, de uma moça tetraplégica que conheceu o ator depois do acidente e imagens de arquivo da segunda esposa (que viria a falecer de câncer), de Robin Williams e, claro, do próprio Christopher Reeve. Fiquei até o fim para ler os créditos e vi que as falas dele em "off" foram tiradas de dois audiobooks que ele narrou, "Still Me" e "Nothing is Impossible". Todos os clichês que se esperariam, lição de vida, mensagem de persistência, filme comovente, etc., se aplicam aqui. Gostei bastante. Recomendo aos fãs do ator.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Certa vez, no antigo cinema São João, minha esposa e eu e havia mais um casal, fomos assistir um filme, que nem lembro o nome, e nos devolveram o dinheiro e a sessão foi cancelada.
Lasek

1:17 PM  
Blogger Emilio Pacheco said...

Interessante! É que havia duas diferenças naquele tempo. Uma é que as salas eram bem maiores. Lembro do São João. Outra é que os filmes vinham em rolos, enormes carretéis de 35mm que tinham que ser colocados para rodar um quando terminava o outro. Havia dois projetores para isso. Lembra de umas bolas brancas que apareciam de vez em quando na tela? Eram para avisar ao projetista que aquele rolo de filme estava terminando. Hoje não sei exatamente como é, mas sei que é digital, então colocam pra rodar e nem precisam ficar cuidando muito.

10:32 PM  
Anonymous Anônimo said...

Boa explicação!
Lasek

9:50 PM  

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