O mercado de vídeo 20 anos depois

Hoje, infelizmente, a realidade é outra. Não sou contra o streaming, pelo contrário. Adoro a Netflix e a Globoplay. Mas não imaginava que esse novo recurso iria acabar com as mídias físicas, no caso, DVD e Blu-ray. No Brasil, pelo menos, é o que parece ter acontecido. Nos Estados Unidos já surgiu até uma tecnologia superior, que é o 4K. Estão saindo lançamentos nesse formato no exterior.
Até há bem pouco tempo, se eu perdesse algum filme a que queria assistir no cinema, ficava tranquilo, pois sabia que teria chance de vê-lo ou até, se gostasse muito, comprá-lo em DVD ou Blu-ray. Pois isso acabou. No caso de produções estrangeiras, ainda tenho a chance de importar o Blu-ray. Mas como fazer com filmes nacionais? Deixei de ver "O Sequestro do Voo 375" na tela grande e agora só assinando o Disney+. É inviável eu me inscrever em todos os serviços de streaming. Estou me sentindo como nos velhos tempos em que, se a gente não visse um filme no cinema, tinha que esperar alguma reprise ou se contentar com versão dublada com comerciais quando passasse na TV.
Em suma, se nos primeiros 20 anos no Brasil o mercado de vídeo teve uma boa evolução, o que se viu nos 20 anos seguintes foi uma involução. Lembro que, quando assisti a "O Filme da Minha Vida" em 2017, pensei que iria adorar tê-lo em Blu-ray, para desfrutar da beleza das imagens do interior do Rio Grande do Sul na tela da minha TV. Mas tive que me contentar com um DVD, pois logo pararam de lançar Blu-rays nacionais. "Aquarius", do ano anterior, ainda saiu nesse formato (e eu comprei). Pois hoje nem DVDs lançam mais.
Existem alguns poucos fabricantes heroicos abastecendo o mercado nacional com clássicos do cinema em mídia física. Esses eu aplaudo de pé. Mas lamento o fim de DVDs e Blu-rays em larga escala no Brasil.
Leia "A evolução do mercado de vídeo".
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home