sábado, setembro 09, 2023
Desde ontem, está nas plataformas digitais o primeiro álbum-solo de João Ricardo, de 1975, conhecido popularmente como o "disco rosa". Dos músicos que acompanhavam os Secos & Molhados, o grupo do qual João era fundador e líder, participam o baixista Willi Verdaguer e o tecladista Emílio Carrera. O guitarrista era o então desconhecido Roberto de Carvalho. O álbum foi mixado em Los Angeles por Humberto Gatica, o mesmo que trabalharia com Michael Jackson em "Thriller" e "Bad" e com Kleiton & Kledir no terceiro LP (te mete!). Por várias razões, o LP foi ignorado, na época. Os fãs dos Secos & Molhados só queriam saber da carreira solo de Ney Matogrosso. Mas o tempo transformou esse álbum num clássico "cult" devidamente reavaliado. Talvez tenha sido um erro escolher "Vira safado" como faixa de trabalho. A música parece "pedir" o vocal do Ney, reforçando a ideia de que as composições de João não funcionariam na voz do próprio autor. Mas ouçam "Sorte cigana", "Balada para um coiote" (que parece ter inspirado o arranjo de "Rapte-me camaleoa", do Caetano) e "Salve-se quem puder". Como curiosidade, "Viva e deixe viver" reaproveita a melodia de "Tem gente com fome", o poema de Solano Trindade musicado por João que estava censurado, na época (mas depois seria liberado). Torço agora para que venha o disco seguinte, "Da Boca Pra Fora", que também é ótimo. Pena que não esteja sendo relançado em CD. Aliás, os dois primeiros LPs solo do João caberiam num CD só. Seria um "2 em 1" fantástico.
2 Comments:
Acabei de ver o sensacional documentário 'Elis e Tom'... adivinha quem mixou esse disco, por sinal seu primeiro trabalho solo dele nessa área, e aparece falando no filme? Humberto Gatica... pensei na hora nessa matéria... abraço...
Que legal! O cara estava em todas!
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