sexta-feira, maio 28, 2010

De vento Minuano em popa

Nos próximos dias ocorrerão dois fatos dignos de comemoração para quem acompanha e incentiva a música do Rio Grande do Sul. O primeiro deles: sábado, dia 29, estreia na Rádio Roquette Pinto, do Rio de Janeiro, o programa "O Sul em Cima", apresentado por Kleiton Ramil. O irmão mais velho da dupla Kleiton e Kledir divulgará o cancioneiro gaúcho sempre aos sábados, às 20 horas, no período de uma hora. Vai rodar de tudo um pouco, do folclore ao rock, passando por samba, MPB, música instrumental, jazz e o que mais achar interessante. Além de músicos gaúchos, haverá espaço também para paranaenses, catarinenses e de outros países do Cone Sul, como Uruguai e Argentina. Para quem mora no Rio de Janeiro, basta sintonizar a frequência 94.1 FM. Mas o público de outros estados poderá ouvir "O Sul em Cima" no Blog do Kleiton e também no site da rádio, mas neste último caso somente uma semana após cada programa.
Por fim, dia 1º de junho tem show coletivo no Salão de Atos da UFRGS, em Porto Alegre, às 20 horas. O anúncio diz "entrada franca", mas o ingresso é um agasalho. É o lançamento do CD da Buzina do Gasômetro, "A Rádio Web da Música de Porto Alegre". Quem ainda não visitou o site não sabe o que está perdendo. Além de fichas e arquivos MP3 para baixar, disponibilizados pelos próprios artistas, a Buzina tem também programas interessantíssimos que podem ser ouvidos a qualquer momento. Basta clicar no link desejado e a transmissão começa na hora, especialmente para você. Recomendo principalmente o "Paralelo 30", do músico Rogério Ratner, que de certa forma já vinha fazendo aqui o que o Kleiton vai começar a fazer lá no Rio (não percam a sensacional entrevista do Rogério com Léo Henkin, dos Papas da Língua). A diferença é que o programa do Rogério é mais centrado na música de Porto Alegre, dirigido ao público local, enquanto o do Kleiton tem um objetivo de promover a cultura sulista junto aos cariocas e ouvintes dos demais estados. Mas os dois podem ser ouvidos no mundo inteiro pela Internet.

Enfim, é um grande momento para a música de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul. Confiram na imagem acima os nomes que irão se apresentar no Salão de Atos. E sábado é dia de ouvir o Kleiton.

quinta-feira, maio 27, 2010

Inter

No futebol, estamos vivendo a temporada das viradas. Não vale a pena sair ganhando no primeiro tempo.

O canal SporTV se refere várias vezes ao goleiro do Inter como "experiente". Deve ser porque já tomou muitos gols.

sexta-feira, maio 21, 2010

Maluquice

O futebol está virado do avesso. Agora a gente fica triste com as vitórias, mas comemora as derrotas. Eu, pelo menos, que sou colorado, fiquei superfeliz com a sensacional derrota do Inter, ontem à noite.

quinta-feira, maio 20, 2010

Bebeco Garcia


O ibope do clip dos Garotos da Rua que postei no YouTube me surpreendeu, como já comentei aqui algumas vezes. É um dos vídeos mais vistos do "meu canal". Pois foi por lá mesmo que recebi a triste notícia de que faleceu Bebeco Garcia, ex-vocalista e guitarrista da banda. Está confirmado no site ClicRBS. Ele foi operado de um tumor no cérebro, mas não resistiu às complicações pós-operatórias. Mais uma perda para o rock gaúcho.

terça-feira, maio 18, 2010

Balanço

Já devem ter percebido que o Blog está mais ou menos "fechado para balanço". Minha cabeça também. Eu ia ilustrar com a foto de um balanço, mas é uma piada tão óbvia que já foi usada por trocentos outros blogs.

sexta-feira, maio 14, 2010

Novo cambalacho

Leio no Globo.com que o organizador da apresentação do grupo Abba The Show foi preso em Goiás. Ele estaria fazendo propaganda enganosa, anunciando a banda de cover como se fosse o grupo original. O que me faz lembrar: não foi a primeira vez. Em 1999, veio ao Brasil o conjunto The Real ABBA Gold, alegando ter em sua formação o integrante Benny Andersson, do verdadeiro ABBA. E o mais incrível é que até a imprensa brasileira caiu feito patinha. Ninguém se preocupou em verificar na Internet se a informação procedia. Ou melhor: eu me preocupei, mas era apenas um humilde colaborador do International Magazine. Quando o cambalacho se confirmou, escrevi uma matéria de página inteira sobre o caso. Ora, como o ex-integrante de uma banda lendária, que quebrou recordes dos Beatles e se tornou o segundo maior produto de exportação da Suécia depois dos caminhões Volvo, iria excursionar com uma bandinha de cover? Mas a brasileirada acreditou.

A propósito, ouvi dizer que teve gente em São Paulo que foi ver The Australian Bee Gees também acreditando ser o grupo verdadeiro.

segunda-feira, maio 10, 2010

Meio-dia

Nos anos 70, o Jornal do Almoço tinha concorrentes com formato semelhante em outras emissoras. Do Portovisão, na TV Difusora canal 10, muita gente lembra. Mas... e do Meio-Dia? Ia ao ar na TV Piratini Canal 5. Este anúncio foi veiculado na Folha da Tarde de 16 de março de 1977 (clique para ampliá-lo). Não me consta que Luis Fernando Verissimo participasse da produção do programa, mas aí está ele, emprestando o seu prestígio para o anúncio. Que eu lembre, foi no Meio-Dia que Ruy Carlos Ostermann fez sua estreia na TV, ele que até então era apenas uma voz imediatamente reconhecível na Rádio Guaíba. Recordo de ter visto também Roberto Gigante no programa, antes de ir para o Jornal do Almoço e "se rasgar todo". Sérgio Jockymann era a atração principal, mas também participava sua esposa Simone, rivalizando com Maria do Carmo na Gaúcha e Tânia Carvalho na Difusora. Nessa época a audiência da Piratini já não era das melhores e o programa tinha alguns problemas técnicos, como iluminação precária para os padrões usuais de transmissão. Mas foi um esforço válido na televisão local. A concorrência é sempre saudável.

domingo, maio 09, 2010

Feliz Dia das Mães!

sexta-feira, maio 07, 2010

Mais um conto da Internet

Circula pela Internet a seguinte notícia, com foto e tudo (vou copiar o texto como o recebi, sem alterar nada):

Um casal branco americano teve um bebê negro e a mulher diz que engravidou assistindo a um filme pornô 3D. O pai da criança, o soldado Erick Jhonson, estava há um ano servindo numa base militar no Iraque e, quando voltou para casa encontrou um bebê negro. Sua mulher, Jennifer Stweart, de 38 anos, disse a ele que a criança foi concebida enquanto ela assistia a um filme pornô em três dimensões.

"Não vejo porque desconfiar dela. Os filmes em 3 D são muito reais. Com a tecnologia de hoje tudo é possível", disse Erick, que registrou a criança.

Jennifer afirmou que foi a um cinema pornô com as amigas em Nova York. Ela conta que não costuma assistir a filmes pornôs e que só foi dessa vez para ver como ficavam os efeitos em 3D. A criança, segundo ela, se parece com o ator negro do filme. "Um mês depois de ver o filme eu comecei a sentir enjôos e o resultado está aí. Vou processar o cinema e os produtores. Ainda bem que meu marido acreditou em mim. Meu casamento podia estar em risco. Mas ele sabe que eu sou fiel", disse.

Bem criativa a história. Mas é falsa. Não, não me refiro ao depoimento da esposa. Tudo é falso. Não aconteceu esse relato e as pessoas citadas provavelmente não existem. Até porque a grafia está incorreta: o certo seria Johnson, não Jhonson. Stewart, não Stweart. E o mau uso do "porque" (o certo seria "não vejo por que") é indício de que o texto em português não vem de fonte confiável. Tentei localizar a notícia original em inglês, mas não apareceu nada. Logo, as pessoas que estão rindo do marido por acreditar na justificativa da esposa deveriam rir é de si mesmas por cair em mais um conto da Internet.

P.S.: Foi confirmado que se trata de uma brincadeira divulgada pelo site Sensacionalista, que até já se desculpou pelo mal entendido. Mas gostei do slogan deles: "um jornal isento de verdade". Bela sacada de duplo sentido.

domingo, maio 02, 2010

Antes do Gre-Nal

Na minha fase de colorado fanático, na infância e adolescência, eu devia ter um anjo da guarda que também gostava de futebol. Fui poupado de traumas e tristezas, pois tudo aconteceu exatamente como eu queria. Eu lembro, por exemplo, que desejava ardorosamente que o Internacional fosse octacampeão gaúcho. Se o Grêmio tinha sido hepta, o Inter tinha que ser octa. Quando, em certo campeonato gaúcho, a dupla Gre-Nal abandonou o certame em protesto contra a Federação Gaúcha de Futebol, o primeiro pensamento que me veio foi: "Oh, não, então o Colorado não vai mais ser octa!" Felizmente foi só um blefe. E o Inter, claro, sagrou-se octacampeão em 1976. Como eu queria.

Meu pai tinha um amigo que morava próximo ao Estádio Olímpico, com visão de uns 80% do gramado de sua sacada. E era gremista. Imagine ter uma "sacada cativa" para assistir de graça aos jogos do seu time. Isso terminou quando o Tricolor da Azenha remendou seu estádio e o apresentou como "novo" em 1980. A cobertura refeita acabou com o futebol grátis de que muitos desfrutavam nos aclives em torno do Olímpico.

Pois bem: foi dessa sacada que assisti ao Gre-Nal mais marcante de minha vida, em 20 de setembro de 1970. O primeiro tempo terminou um a zero para o Grêmio, gol de Loivo. No intervalo, eu só dizia, bem ao jeito da criança de nove anos que eu era: "Vai dar dois a um!" Os adultos com certeza ouviam com uma pontinha de pena pela minha inocência. Pobre garoto! É tão ingênuo e apaixonado pelo time que acredita em milagre.

No segundo tempo, acho que meu anjo da guarda entrou em campo. Foi marcada uma falta discutível contra o Grêmio no meio de campo. Ao menos, o narrador Pedro Carneiro Pereira, da Rádio Guaíba, disse que não houve nada. Apesar da longa distância, o lendário Valdomiro deu o chute que era sua marca registrada e a bola foi parar na rede. Um a um. Passado algum tempo, a virada acabou acontecendo dos pés do lateral direito Édson Madureira. A torcida gremista culpou o goleiro Breno por uma suposta falha. Dois a um. Foi o placar final, bem como eu dissera no intervalo. Naquele ano o Inter seria bicampeão gaúcho.

Quando eu me desinteressei de futebol, meu anjo da guarda foi cuidar de coisas mais importantes, como garantir que eu chegasse em casa são e salvo nas noites de bebedeira aos 20 e poucos anos e me ajudar a cuidar do meu filho a partir dos 33. Hoje eu já não fico na fossa nem me estresso por causa do Inter. Raramente acompanho os jogos, a menos que sejam decisões importantes. E até essas eu deixo de assistir de vez em quando, dependendo dos compromissos.


Mas uma característica eu não perdi: ainda acho que o torcedor tem o direito de acreditar em milagre. Que graça terá o futebol se não pudermos torcer por viradas relâmpago, escores impossíveis, goleadas esmagadoras? Lembram quando o Grêmio precisava vencer por uma diferença de quatro gols, na Libertadores de 2007? Ninguém acreditava, só os gremistas. Pois chegou na hora... o Grêmio não conseguiu. E aí todos voltaram à realidade. Mas antes, por que não torcer? Depois a gente se conforma.

Por isso os colorados podem e devem torcer por uma vitória com uma diferença de três gols contra o Grêmio. Dá-lhe Inter!

Leia também:

Esperança gremista
Os 75 segundos

sábado, maio 01, 2010

Telefonema antípoda

Incrível: ontem à noite falei por telefone com o Japão. A Rádio Nikkey, emissora on-line da comunidade brasileira na Terra do Sol Nascente, fez um especial sobre Kleiton e Kledir. O locutor JB deu três telefonemas para o Brasil para conversar com fãs. Primeiro ligou para a Bety, de Carlos Barbosa. Depois foi a minha vez. Por último, quase no finalzinho, falou a Danni, de São Paulo. JB já morou em Porto Alegre e tem muita saudade daqui. Vem daí sua ligação com a obra de Kleiton e Kledir, em especial músicas como "Deu Pra Ti", que fala da capital gaúcha. Valeu a brincadeira. Contei um pouco da história da dupla desde os Almôndegas até o último CD e DVD "Autorretrato". Eles próprios não puderam ouvir, pois estavam fazendo show no Teatro Rival, no Rio de Janeiro. Mas já foram entrevistados por JB em outra ocasião.

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Para mim, que sempre trabalhei somente de segunda a sexta, nunca houve nada mais inútil do que feriado em sábado. Em meus primeiros meses de trabalho, sábado era o meu dia de fazer compras. Se fosse feriado, metade do dia estava perdido, praticamente. Houve também uma ocasião em que eu estava destacado em Brasília, mas viria passar o fim-de-semana em Porto Alegre. Estava ansioso para buscar encomendas que haviam chegado no correio. Até que me dei conta que seria feriado justamente no sábado. Não adiantou nada.